Papa Francisco se despede em oração: As palavras que fizeram o mundo chorar
Mesmo debilitado, o Sumo Pontífice fez questão de marcar presença nas cerimónias da Páscoa. Foi a sua última aparição pública antes de morrer esta segunda-feira, aos 88 anos

O mundo católico despede-se com emoção do Papa Francisco, que faleceu esta segunda-feira, 21 de abril de 2025, aos 88 anos. Horas antes da sua morte, o Papa protagonizou um momento comovente ao aparecer na varanda da Basílica de São Pedro para saudar os fiéis durante a tradicional bênção ‘Urbi et Orbi’, no Domingo de Páscoa. Apesar da fragilidade evidente, a sua presença foi recebida com surpresa e enorme comoção pelas dezenas de milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro.
“Caros irmãos e irmãs, boa Páscoa a todos”, disse Francisco, com voz fraca mas determinada. O resto da mensagem foi lida pelo cardeal Angelo Comastri, uma vez que o estado de saúde do Papa já não lhe permitia discursar longamente. Na sua última mensagem pública, o Papa reforçou o apelo à paz, pediu o cessar-fogo em zonas de conflito, a libertação de reféns e alertou para o crescimento do antissemitismo no mundo.
Nos bastidores do Vaticano, a participação do Papa na celebração pascal foi vista como um gesto de despedida. Após ter estado internado por cinco semanas devido a uma pneumonia dupla, os médicos haviam recomendado dois meses de repouso absoluto. Mesmo assim, Francisco insistiu em comparecer brevemente aos fiéis, sublinhando, uma vez mais, a sua entrega total à missão pastoral até ao fim.
Esta foi também a primeira vez, desde o início do seu papado em 2013, que o Pontífice se ausentou da maioria dos eventos da Semana Santa, incluindo a tradicional vigília pascal de sábado. Ainda assim, fez questão de surgir no interior da basílica para uma breve oração e, num gesto tocante, distribuiu doces às crianças, o que agora assume um significado ainda mais simbólico.
A última aparição de Papa Francisco será recordada como um adeus silencioso, digno e repleto de fé. Deixa um legado de humildade, proximidade e coragem numa Igreja em constante transformação. O mundo despede-se de um líder que fez da palavra “compaixão” o eixo central do seu pontificado.