Benfica

Veríssimo fora, Rui Costa escolhe novo treinador

De qualquer forma, tal como o  jornal Record deu conta na edição deste sábado, há um aspeto que os responsáveis benfiquistas priorizam: Tratar-se de um treinador português, conhecedor do futebol nacional e que esteja disponível a apostar na formação e no mercado interno.

Nesta altura, ainda é cedo para fazer apostas sobre quem virá a ser o novo treinador benfiquista, mas perante este perfil, há quatro nomes que parecem estar na topo das prioridades do clube da Luz. Sendo que dois destes se encontram desempregados, nesta altura.

E é por esses que iremos começar: Paulo Fonseca e Vítor Pereira.

O primeiro, depois de duas épocas a orientar a Roma, foi rendido por José Mourinho e acabou por ficar sem treinar esta temporada. Apesar de ter visto o seu nome associado a vários emblemas, mantém-se sem clube. Com uma carreira feita a impulso, já teve uma passagem com pouco sucesso no FC Porto, mas não teve problemas em voltar ao Paços de Ferreira, clube onde começou a ganhar maior protagonismo. Aí, voltou a dar cartas, o que lhe valeu uma oportunidade no Sp. Braga, onde conquistou a Taça de Portugal, antes de rumar ao Shakhtar Donetsk. Na Ucrânia, Paulo Fonseca, de 48 anos, foi rei e senhor e em três épocas conquistou o mesmo número de títulos, o que lhe valeu o passaporte para a capital italiana. Aí, depois de um quinto e de um sétimo lugar, acabou por ser substituído, não sendo de descartar que retome a carreira de treinador na Luz. Mas para já, é preciso sublinhar um dado: Pode ter perdido o seu braço direito, Nuno Campos. O principal adjunto de Paulo Fonseca aventurou-se, na presente época, numa carreira a solo, no Santa Clara, que não se revelou muito bem sucedida. Voltou ao desemprego e falta saber se irá voltar a integrar a equipa técnca de Fonseca ou não.

O nome de Vítor Pereira é outro daqueles que já, noutras alturas, foi associado ao Benfica, apesar dos traumas que este infligiu aos adeptos do clube da Luz, enquanto técnico do FC Porto. Até hoje, ninguém esquece o golo apontado por Kelvin, já nos descontos, que deu o triunfo aos dragões na penúltima jornada da época 12/13 e que virou por completo a história do campeonato. O Benfica que se preparava para ser campeão sucumbiu no Estádio do Dragão, perante um rival que era orientado por Vítor Pereira, técnico que, nesse momento, se sagrou bicampeão. Mas, apesar desse estatuto, acabou por abandonar os dragões no final da mesma época. Depois disso, não voltou ao futebol português, apesar de ter ajudado na conquista de um campeonato grego, pelo Olympiacos, e uma liga chinesa, pelo Shangai SIPG. Começou a presente temporada a liderar o Fenerbahce, mas acabou despedido em dezembro, altura desde a qual se encontra sem clube. Mesmo que não seja um nome a descartar, não é tão forte quanto Paulo Fonseca para assumir a liderança do clube da Luz.

Vamos agora a outros dois treinadores que estão a ser tidos em conta pela direção benfiquista para assumir o comando das águias, mesmo que, nesta altura, tenham equipa. Ainda assim, estão em momentos muito diferentes.

Começamos por Pepa, de 41 anos, atual técnico do V. Guimarães e que, em surdina, tem sido apontado como um dos homens preferidos para assumir o banco da equipa da Luz. O técnico chegou à cidade berço muito bem cotado, depois de duas épocas bem sucedidas no P. Ferreira, mas tem tido um percurso intermitente ao serviço dos vimaranenses. Atualmente, ocupa a sexta posição, mas o desempenho parece estar a ser abaixo das expectativas e não tem ficado imune à contestação dos adeptos. Mesmo assim, é um nome ao qual Rui Costa e seus pares estão atentos, pois sabem que com Pepa terão facilidade na desejada articulação com o futebol de formação. É que foi ali, no Benfica Campus, que o antigo jogador do Benfica começou a dar os primeiros passos como treinador, algo que lhe diz muito.

E, por fim, temos ainda Marco Silva. Um dos nomes mais fortes, nesta altura, mas também dos mais difíceis. O técnico, de 44 anos, ja foi inúmeras vezes associado ao Benfica, mas a ligação nunca foi concretizada. Quando Jesus saiu pela primeira vez, falou-se na possibilidade do técnico ser contratado pelas águias, hipótese que se repetiu quando Rui Vitória foi despedido e Bruno Lage ainda era visto apenas como treinador interino; assim como quando o atual líder do Wolverhampton foi despedido e antes do regresso de Jorge Jesus. Tal nunca se confirmou e agora, os holofotes voltam a pairar sobre o treinador português que se destacou ao serviço do Estoril. Todavia, nesta altura, Marco Silva lidera o Fulham e vai na frente do Championship, o segundo escalão do futebol inglês. Bem lançado para regressar à Premier League, Marco Silva ganha créditos naquele país, o que irá tornar mais difícil um regresso a Portugal. Ainda assim, é um nome que agrada a Rui Costa e à estrutura benfiquista e que será tido em conta neste processo.

Os dados estão lançados e, tudo indica, que até ao final da presente época, que Rui Costa pretenda ter esta questão resolvida, de modo a que possa também planear a próxima temporada com tempo e critério. Algo que, internamente, muitos criticam por não ter acontecido nos últimos anos.

A presente temporada ainda está muito longe de estar terminada, mas nas hostes benfiquistas os olhos já estão totalmente virados para a próxima época.

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