Viúva de André Silva vive luto profundo após tragédia familiar

A tragédia que abalou o país com a morte inesperada de Diogo Jota e do irmão, André Silva, deixou marcas profundas nos que lhes eram mais próximos. Entre os rostos marcados pela dor nas cerimónias fúnebres, o de Paula Calvelhe destacou-se pela comoção evidente.
A jovem enfermeira de Vila Nova de Gaia era namorada de André há mais de cinco anos e preparava-se, ao que tudo indicava, para um futuro ao lado do companheiro. A perda deixou-a devastada, agarrada ao caixão, num momento que tocou o coração de todos os presentes.
O amor entre Paula e André nasceu na juventude e floresceu com o tempo. Conheceram-se no Norte de Portugal, onde Paula estudou na Escola Superior de Enfermagem do Porto, e desde então tornaram-se inseparáveis. Ao longo dos anos, mantiveram uma relação discreta, longe das luzes da ribalta. Mesmo com a ligação próxima entre as famílias, raramente surgiam juntos nas redes sociais, numa escolha clara pela privacidade.
Com a morte trágica do namorado, Paula encontra agora forças na família direta para enfrentar o luto precoce. Aos 25 anos, vê-se privada de um futuro que parecia certo, mas tenta reconstruir-se emocionalmente com o apoio do seu núcleo mais próximo. Neste momento, a jovem continua a exercer funções no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, onde tenta manter alguma normalidade no meio da dor.
Do outro lado da dor está Rute Cardoso, viúva de Diogo Jota e cunhada de Paula. Com três filhos pequenos para cuidar e uma vida para reorganizar, a permanência em Inglaterra parece cada vez mais improvável. A mudança para o Norte do País, junto da família, surge como a opção mais natural para garantir apoio e estabilidade neste novo capítulo sem o marido.
Apesar da dor avassaladora, tanto Rute como Paula estão determinadas a preservar a memória de Diogo Jota e André Silva. O legado de amor, companheirismo e solidariedade deixado pelos irmãos permanece vivo no coração da família e de todos os que os admiravam.