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Passos Coelho descarta obrigação de apoiar candidatos presidenciais

Pedro Passos Coelho, antigo primeiro-ministro e ex-líder do PSD, continua a ser uma das figuras mais desejadas e comentadas no panorama político nacional, mesmo afastado da vida partidária. Em entrevista ao jornal Expresso, o social-democrata garantiu não se sentir “amarrado à obrigação” de se pronunciar sobre os candidatos às eleições presidenciais de janeiro de 2026.

O silêncio de Passos Coelho tem particular relevância numa altura em que o PSD já formalizou o seu apoio a Marques Mendes, mas a antiga figura de topo do partido opta por não se comprometer, pelo menos para já. “Não vejo razão alguma para me amarrar à obrigação de um dia me vir a pronunciar sobre apoio a um candidato presidencial, nem para jurar nunca o vir a fazer”, afirmou, deixando em aberto a possibilidade de uma futura tomada de posição.

Apesar da distância que mantém da política ativa, o ex-primeiro-ministro continua a ser uma referência incontornável. Recentemente, foi apelidado de “desejado” por Manuel Luís Goucha, mandatário da campanha de Suzana Garcia à Câmara da Amadora, sublinhando a influência que Passos ainda exerce no espaço público.

A sua ausência de apoio explícito também se torna mais relevante perante declarações de André Ventura, que, no momento de anunciar a sua candidatura presidencial, reconheceu ter falhado em encontrar uma alternativa a si próprio e admitiu que teria preferido ver Pedro Passos Coelho como candidato a Presidente da República.

Sem pressa de se pronunciar e mantendo o seu “exílio autoimposto”, Passos Coelho continua a ser uma figura central no debate político português, capaz de condicionar alianças e equilíbrios internos no PSD e na direita. A incógnita sobre se decidirá ou não apoiar algum candidato mantém viva a expectativa em torno do seu futuro papel no xadrez político nacional.

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