Família Aveiro explica o inexplicável
O último adeus a Diogo Jota e ao irmão, André Silva, decorreu este sábado em Gondomar, com a presença de centenas de pessoas, incluindo colegas da Seleção e da equipa do Liverpool FC. A ausência do capitão gerou várias reações públicas.
Kátia Aveiro, irmã de Cristiano Ronaldo, foi a primeira da família a responder às críticas: “É absurdamente vergonhoso ver canais de televisão, comentadores, redes sociais a dar ênfase a uma ausência (sábia) do que homenagear com respeito uma família que passa pela perda de dois irmãos”, começou por dizer.
Kátia Aveiro explicou ainda que a decisão de não comparecer teve por base o impacto mediático da figura do irmão: “Onde ele vai é motivo de aparato. O meu irmão não pode ir a casamentos; o meu irmão não pode ir a uma festa, por exemplo, de um sobrinho ou de um evento meu, porque se perderia também o foco do objetivo. Ele esteve sempre limitado nesses momentos pela exposição. O meu irmão não pode ir a um café ou a uma esplanada por razões óbvias”, acrescentou, mas não se ficou por estas palavras.
A irmã do craque de futebol recordou que, no dia da despedida do pai, há 19 anos, a família teve de lidar com uma invasão de câmaras e curiosos, sem qualquer respeito pelo momento.
“Vocês devem ter um trauma qualquer, uma obsessão pelo meu irmão. Devem achar que ele é tipo máquina, que não tem sentimentos. Ele sabe o que está a fazer. A dor de cada um só nós é que sabemos como é que passamos, a forma de passar por isto cada um sabe. É que isto é uma coisa que é ridícula…”, desabafou ainda a irmã de Cristiano Ronaldo.
