Dalot revela as instruções que os apanha-bolas do FC Porto recebem antes dos jogos
Diogo Dalot concedeu uma entre vista ao site da UEFA, onde fez uma espécie de antevisão para o jogo de amanhã com o Atlético de Madrid, depois de o Manchester United ter empatado em Espanha na 1ª mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.
“Temos de estar preparados para tudo porque o Atlético é uma equipa fantástica, não só no campeonato espanhol, mas também na Champions. Tem feito uma temporada fantástica e, nos últimos dois anos mostraram, do que são capazes. Tenho a certeza que vai ser um jogo muito bom de ver e espero que consigamos apurar-nos”, afirmou.
O internacional português abordou ainda as dificuldades que enfrentou para se impor no Manchester United.
“Entendo que, quando não se joga, alguém se possa sentir desmoralizado e se aplique menos nos treinos, até porque já se passou comigo. Mas os períodos menos positivos não duram para sempre. No meu caso, nos primeiros tempos no clube não tive muito tempo de jogo e sofri algumas lesões, mas consegui dar a volta pensando positivo e não me poupando a esforços. Assim, os últimos meses, já desde a época passada, foram bons para mim, mas ainda quero mais”, referiu.
Dalot não desanimou e considera que adquiriu esta capacidade de luta e perseverança no FC Porto, onde se formou.
“Para cada jovem jogador que cresce num grande clube como o FC Porto, é preciso aprender os valores do clube, a forma como se deve trabalhar todos os dias, a maneira como se aborda cada treino e cada jogo. Tive a sorte de crescer nesse ambiente de exigência desde os dez anos. Trata-se de ser profissional todos os dias, sentir a paixão em tudo o que se faz e sentir a energia dos adeptos“, disse.
Por último o lateral luso recordou os tempos em que desempenhou a função de apanha-bolas, revelando algumas das regras exigidas.
“Tínhamos uma regra. Sempre que a bola era para um jogador do FC Porto, tínhamos de colocá-la de forma rápida, mas quando era para um adversário a bola era dada lentamente pelo relvado, por vezes, de forma demorada. São pequenas coisas que os jovens aprendem, por vezes, a ser um pouco atrevidos até. (…) Adoro ver essas coisas pois mostram que os apanha-bolas estão ligados ao jogo e percebem o que está a acontecer no relvado”, concluiu.