André Ventura não perdoa e destrói

André Ventura voltou a marcar o debate político nacional com um discurso inflamado e sem concessões. Em tom duro, o líder do Chega acusou os partidos tradicionais de estarem afastados da realidade do país e de “esconderem a verdade ao povo português”.
“A política portuguesa vive numa bolha distante dos reais problemas das famílias”, afirmou Ventura, acrescentando que a atual governação se limita a “promessas que nunca saem do papel”, deixando os cidadãos cada vez mais desiludidos.
Perante os apoiantes, garantiu que não irá moderar o seu estilo. “Dizem que sou polémico, mas eu digo que sou verdadeiro. O povo está cansado de políticos que sorriem para as câmaras e depois viram as costas ao país”, declarou, sendo aplaudido com intensidade.
As críticas não pouparam adversários diretos, acusados de agir “por interesse próprio” e de usar cargos públicos para “beneficiar amigos e compadrios”. As palavras geraram reações imediatas de outros partidos, que classificaram a intervenção como “populista e perigosa”.
Nas redes sociais, no entanto, multiplicaram-se mensagens de apoio, com muitos aplaudindo a postura frontal de Ventura, vista como a voz de quem “diz o que muitos pensam, mas não ousam dizer”.
Analistas políticos alertam, contudo, que este tipo de discurso pode acentuar divisões na sociedade. Ainda assim, reconhecem que a estratégia garante a Ventura visibilidade mediática e centralidade no debate público.
Com as eleições a aproximar-se, o líder do Chega dá sinais de que continuará a apostar numa retórica agressiva, apostando em conquistar o eleitorado descontente. Resta saber se esta estratégia será suficiente para alterar o equilíbrio político em Portugal.








