Almoço de Gouveia e Melo com Ventura: relação reduzida a “adversários políticos”

Dois candidatos à presidência da República almoçaram juntos, recentemente: Gouveia e Melo e André Ventura. Foi Gouveia e Melo a confirmar esse encontro, em entrevista à SIC.
O almoço serviu para “esclareceu as posições mútuas” mas não houve acordo: “Chegámos à conclusão óbvia de que não tínhamos interceções”, explicou.
Agora, os dois são candidatos a Belém: “Não percebi bem porque é que André Ventura entrou nestas presidenciais. Não estou preocupado porque não pertencemos ao mesmo espaço político”.
Gouveia e Melo já esteve com outros candidatos a presidente da República – porque não quer “queimar pontes”.
“Já me encontrei com gente do PSD, gente do PS e tenciono-me encontrar com gente situada à esquerda. Estou disponível para me encontrar com todos. Já me encontrei com Marques Mendes, jantámos juntos, e não foi notícia. no sistema político não se queimam pontes. Não escondi nem fingi que não almocei”, revelou.
O almirante acha que é o “único candidato verdadeiramente independente”; todos os outros “têm uma dependência muito grande” do apoio dos partidos. “E essa dependência vai criar problemas no futuro”, avisou.
O candidato reforçou que é contra a “partidarização” das eleições presidenciais: “Não sei se estamos a concorrer para presidenciais ou para a segunda volta das legislativas“, elogiando os exemplos dos dois primeiros presidentes da República depois do 25 de Abril: “Mário Soares e Ramalho Eanes eram muito superiores ao seu espaço partidário. Neste momento há uma dependência muito grande dos partidos. E a Presidência da República não é um palco partidário”.
Gouveia e Melo admitiu que, “como a maior parte dos portugueses”, já votou “muitas vezes no PS e outras no PSD” – porque é um eleitor do centro, repetiu.








