Atropela militar da GNR e foge em contramão na A8 em Loures

Um homem de 30 anos permanece em prisão preventiva depois de ter atropelado um militar da GNR e fugido em contramão na Autoestrada 8 (A8), na zona de Loures. O caso ocorreu a 22 de dezembro do ano passado, durante uma operação STOP, e a decisão foi confirmada pelo Tribunal da Relação de Lisboa, que considerou existir risco de continuação da atividade criminosa.
De acordo com o processo, o arguido tinha ingerido várias bebidas alcoólicas e conduzia com uma taxa-crime de álcool de 1,54 g/l. Além disso, o veículo em que seguia não tinha seguro nem inspeção periódica obrigatória. Ao ser mandado parar pela GNR, o condutor arrancou bruscamente, arrastando um militar. Na fuga, perdeu o controlo do carro e acabou por circular quase um quilómetro em contramão, até ser intercetado por uma segunda viatura policial.
O homem resistiu à detenção e teve de ser manietado e algemado. Nas declarações prestadas, afirmou não se ter apercebido de que tinha atropelado o militar, reconheceu que estava embriagado e justificou a fuga com o facto de não ter carta consigo, seguro nem inspeção. Alegou ainda estar psicologicamente afetado pelo falecimento do pai e disse ter sido alvo de preconceito por ser estrangeiro.
O Tribunal, contudo, rejeitou essa tese, sublinhando que o arguido agiu “com enorme desfaçatez, desprezo pela vida e integridade física de terceiros” e com um “sentimento de impunidade”. O militar da GNR sofreu hematomas, escoriações, hemorragia e trauma no ombro direito, mas acabou por recuperar sem sequelas graves.
O arguido, que vive em Portugal há cinco anos e reside em Loures com um primo, está acusado dos crimes de resistência e coação sobre funcionário e de atentado à segurança de transporte rodoviário, este último punível com pena superior a três anos de prisão.








