Miguel Sousa Tavares toma decisão após “ataque difamatório” de diretor-adjunto do Correio da Manhã

Na edição do jornal Record desta quarta-feira, 20 de agosto, Miguel Sousa Tavares, um dos cronistas da publicação desportiva emitiu uma “nota de despedida” e anunciou o fim da sua respetiva colaboração.
“É sempre triste dizer adeus, sobretudo quando a despedida é inesperada e motivada por razões mesquinhas. Hoje despeço-me dos leitores do Record, pondo fim a uma colaboração feita a pedido do seu diretor Bernardo Ribeiro e que muito prazer me deu. Mas há circunstâncias que não nos permitem compactuar com o que não tem conciliação possível. Eu sei bem que quando se tem opinião publicada, de forma regular e sem fugir à controvérsia, criam-se admiradores, mas também adversários e inimigos“, começou por escrever.
Neste sentido, o jornalista e escritor também refletiu: “Um adversário é uma coisa estimulante: contesta as nossas opiniões, confronta-as, contra-argumenta; um inimigo é alguém que, não tendo coragem nem talento para contra-argumentar as ideias, atira-se à pessoa, visando assim calar a sua mensagem, que não lhe agrada. É um cobarde e um invejoso, duas características infelizmente muito comuns entre os portugueses“.
Na parte final do texto que escreveu, Miguel Sousa Tavares expôs: “O diretor adjunto do Correio da Manhã dirigiu-me do nada um ataque difamatório de uma tamanha gravidade que, obviamente, não passará sem consequências. E a primeira delas é abandonar um jornal que pertence ao grupo empresarial e editorial do CM, muito embora nada haja de comum entre o jornalismo que aqui se faz e aquilo que se faz no CM. É com pena que me despeço dos leitores, mas não havia volta a dar. Desejo as maiores felicidades ao Record e a todos os que nele trabalham, agora que fico apenas de fora a seguir-vos“.
Em causa estão dois textos publicados por Armando Esteves Pereira, diretor-adjunto do Correio da Manhã, sobre a morte da ex-deputada Teresa Caeiro, que foi casada com Miguel Sousa Tavares entre 2011 e 2017, e em que denunciou sem referir nomes: “Houve uma decisão que a afastou dessa trajetória, um casamento abusivo, em que foi vítima de bárbaras agressões. Nesse casamento perdeu grande parte da exuberância exterior, mas o mais grave foram as feridas interiores e o sofrimento que nunca mais acabou“.
Já em declarações à publicação 24 Horas, Miguel Sousa Tavares garantiu que vai avançar judicialmente: “Acho extraordinário que tenham escrito o que escreveram, em tanto lado e por tanta gente, sem nunca terem falado comigo. Não me ligaram, como não ligaram à família e amigos da Teresa. Vou fazer o que tenho de fazer, não só para defender a minha honra, mas também a memória da Teresa“.






