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Luís Montenegro toma decisão drástica após críticas

O primeiro-ministro Luís Montenegro decidiu cancelar o período de férias que tinha agendado entre 9 e 22 de agosto, anunciou esta sexta-feira o Executivo em comunicado oficial. A medida surge num momento em que Portugal enfrenta uma das mais graves ondas de incêndios do ano, com milhares de hectares já consumidos pelas chamas e várias localidades em risco.

Embora tivesse estado ausente durante os últimos cinco dias, Montenegro manteve quatro dias de agenda pública, demonstrando que as férias não foram totalmente dedicadas ao descanso. Ainda assim, a decisão de interromper completamente o período de repouso foi tomada para garantir acompanhamento constante da crise no terreno, uma vez que centenas de operacionais e bombeiros se encontram no limite das suas forças, combatendo o fogo em condições extremas.

Fontes próximas do Governo indicam que o primeiro-ministro irá deslocar-se nos próximos dias às zonas mais afetadas, incluindo concelhos dos distritos da Guarda, Viseu e Coimbra, onde os incêndios têm provocado destruição e levado à evacuação de várias aldeias. A prioridade, sublinha o gabinete de Montenegro, é “apoiar as autoridades locais e coordenar, a partir de Lisboa, as medidas necessárias para travar a progressão das chamas e garantir a segurança das populações”.

A crise atual tem mobilizado meios terrestres e aéreos de norte a sul do país, com especial enfoque nas regiões do interior. O Governo já solicitou ajuda ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil, que irá enviar aviões Canadair para reforçar o combate. Esta ação foi desencadeada após uma noite de quinta-feira particularmente difícil, em que as frentes de incêndio se multiplicaram, colocando em perigo habitações e bens agrícolas.

A decisão de Luís Montenegro em abdicar das férias é vista como um gesto de responsabilidade política, procurando transmitir proximidade às vítimas e aos profissionais envolvidos. Com o país em estado de alerta, o líder do Governo quer marcar presença ativa na gestão da crise, deixando de lado o descanso estival para enfrentar de forma direta os desafios impostos pelo verão mais crítico dos últimos anos.

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